CARAGUATÁS

Derramas sobre os ombros

Tintos cabelos na noite postiça

Do quarto, fechas os olhos e

Aspiras alfafa marmelo marcela

Ouves o estilar das águas

Aninhando no coxo

O bater de cascos

Postulando campos

No galpão

Encilhas a égua vermelha

E montas para o galope

Sem saberes ainda a herança:

Três tomos de Dostoievsky

O gosto da leitura de Quixote

Não te desvencilharás

Daquela paz de chapadas

Grotas e caraguatás.

luiz cezare vieira
Enviado por luiz cezare vieira em 27/04/2014
Reeditado em 27/04/2014
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