DAS PÁGINAS DE DVÒRAK

Aros metálicos e o vapor inconstante,

um navio que avista essas pedras pulsantes..

tudo é vida e morte de um lado ao outro da flecha,

e num canto negro oculto nos campos de algodão.

Tudo grito construído em concreto e raça,

e seus sapatos irlandeses de obsessivas escalas.

Um corne inglês que já foi cisne morrente

é lenda de índio antes que a tragédia se abatesse.

Um deserto de notas desprendidas e suspensas

desobedecendo minha intransigência autodidata,

diz que os carros fluem e as vontades passam.

Dizem que o imperfeito é a amálgama da descoberta...

tudo uma desesperada dança eslava sem nome,

que foi morrer nos ouvidos de quem entende o acaso.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 27/04/2014
Reeditado em 27/04/2014
Código do texto: T4785364
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