PAZ DO SÁBADO

Fumaça

é fumo amarelinho. Fubá e açúcar

grosso nas bruacas do rosilho

Onze cavalos, o canto do couro

o bater de cascos na terra dura do Pericó

no trote as letras caem de pouca palavra

tufo de seca erva no destino dos ventos

O rio, o rio sangue dos penhascos

subindo até o pelego

Rumor de grotas e o silêncio noturno

do cemitério caboclo

cancela

de eternidades guardada pelos lagartos

E a infante alma encoberta pelas águas crescendo

lentamente no interior de um peixe

luiz cezare vieira
Enviado por luiz cezare vieira em 30/04/2014
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