NA CONCHA
 

  
As gargalhadas do lado da vizinha,
O tilintar de copos, brindando a alegria,
Fazem encolher-me ainda mais na concha.
Se eu ousasse mostrar as antenas,
Mesmo que por uma noite apenas,
Poderia transpassar o muro.
Mas o mundo de lá não é o meu
E penetrá-lo seria levar luz ao breu,
Singrar um mar desconhecido.
Por mais que tente,
São curtos meus tentáculos,
Minha fé definha, frágil e mansa
Então, seco as lágrimas, bem ligeira,
Sozinha e triste, abraço a dor companheira.

02,03.05 0h48min











 
MADAGLOR DE OLIVEIRA
Enviado por MADAGLOR DE OLIVEIRA em 03/05/2014
Código do texto: T4792795
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.