Sol Negro

A noite amanheceu no horizonte,

minha visão buscou a direção Norte

de onde surgiu uma escada septenária

por onde subiam e desciam seres etéreos

empunhando espadas flamejantes

O Sol tinha doze raios negros

cada raio lembrou a runa Sig

e o canto das pequenas cigarras

ecoou sobre toda a paisagem

num uníssono: SSSSSSSSSSSSS

No solo, a víbora da profundeza

rastejou pela lama em zig-zag

com um profundo estigma no dorso,

era uma estrela de cinco pontas

ainda ferida, vertia sangue

Da nuvem, um raio riscou o céu.

Do centro do mundo anoitecido

emergiu uma torre abandonada

com uma sigla SS em mosaico

nos vários tons da pedra jade

O espectro da morte se fez Sol,

seus raios eram espadas negras

buscando por cada signo mundano

para arrancar o coração do peito

e lavar de sangue o Santo Sepulcro.

Helen De Rose
Enviado por Helen De Rose em 15/05/2014
Reeditado em 29/04/2020
Código do texto: T4807205
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