Passado das Estrelas

As vezes as lembranças nos rasgam

como um trovão rasgando o ar do céu ao chão

e me deu grande vontade de falar contigo

mas só pude lhe escrever uma canção

Uma cantiga, nada demais, eu acho

pois é imperfeita como seu pobre criador

longe da perfeição que uma vez conheci

longe de qualquer pedido ou favor

Eu queria lhe agradecer

por tudo que fez e que desfez

agradecer os insultos e enganos

por humilhar e engrandecer

Uma pessoa e tantas almas

um coração que não sabe porque bate

mas sei que é como um abismo

que se admira de long e não em combate

Os sopros divinos do ar lhe passam ao lado

obedecem e seguem seu caminho

não invade o abismo nem cruza a montanha

suave apenas segue sozinho

Assim somos tu e eu,

pobres solitários com um caminho a trilhar

talvez a morte nos una um dia

quando no céu formos enfim brilhar

Aleph Maia
Enviado por Aleph Maia em 17/05/2014
Código do texto: T4810053
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