Ninguém percebe...

Ninguém percebe o cantar daquele pássaro,

Ninguém percebe a beleza da canção,

Ninguém percebe a frieza deste aço,

Nem que é tão triste o chegar da solidão.

A beleza deste céu já foi perdida,

Não percebida e flagelada por aquele

Ignorante sentimento de repulsa

Por tudo que é divino e puro.

Foi-se o tempo em que o coração do homem

Amava o belo e prezava pelo bem

Hoje é fagulha do que já foi um dia:

Luz de beleza em puro clarão

É poça d’água resquício de chuva fria

Aurora sem sol, noite sem luar

Pássaro sem cantar,

rosa que não brota,

luz que não se ascende.

sel carnero
Enviado por sel carnero em 09/05/2007
Código do texto: T481163