Acidentes perfeitos

Acidentes perfeitos

Renego o corpo degustado

Nas áureas da noite entorpecida

Embriago os momentos culpados

Consumo o corpo e sua vida

Decreto a morte de minha alma

No descontrole que me guia

Chorando a dor que não se afaga

Delineando-me de nostalgia

A língua corta feito aço nobre

Seu corpo vazio e preferido

Nas águas de um rio pobre

Afogo a culpa no interno grito

Sangue vivente de sentimentos

Esquenta e açoita meu tormento

Sacia-me de sonhos doentes

Na imagem desses vivos

Pairam-se verdadeiros sofridos

Os animais tornam-se gente

Camper
Enviado por Camper em 06/09/2005
Reeditado em 13/05/2011
Código do texto: T48151