Beleza de porcelana

Vejo esses corpos reluzentes

Perfumados e enfeitados,

Magros e dispostos,

Sendo (in)felizes com um esteriótipo.

Dou risada e sigo o pensamento

De que um corpo tem que ser muito mais que corpo

Tem que ser de carne,

Tem que ser osso

De gosto, de rosto,

De gesto, de afeto

De sorriso e de protesto.

Ninguém merece ser aprovado

Por um depravado(a)

Consumidor de unanimidade.

Triste é a vida de quem sorri com o corpo

E chora com a alma

Angélica Stigliano
Enviado por Angélica Stigliano em 22/05/2014
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