Não posso fingir
Fria, vai caindo a noite lentamente.
No teclar dos instantes parados no tempo
gasto as cinzas das lembranças,
percorro a sinuosa distância
que me separa de ti.
Sinto falta do teu carinho
que perdi na berma do caminho,
enquanto a vida me rasgava a pele.
Partiste e desmoronou meu paraíso.
Levaste na palma da mão
um pedaço do meu coração,
fiquei sem ti, na noite vazia e gelada.
Não posso alegria fingir
quando sinto saudade de sentir
a tua alegria no meu sorriso.