Poética

Tu, que até meu silêncio entendes,

És a praia que sempre procuro

Nas noites sem lua.

Tu, que me guardas em teu abraço

Quando o frio percorre meus instantes,

És a companhia que não terei

Nesses momentos mais recônditos.

Tu, que não te cansas de mim,

És a última força

Que nunca perderei...

Em ti, vivem os sonhos irrealizados

E as mádidas saudades que me compõem.

Toda a alegria que me sorri...

Toda a dor que se dissipa...

Todo o amor que nasce...

Em ti, eu crio a minha felicidade

E fujo dos ventos mais frios -

Só me importam os ventos febris...

Em minhas mãos, tu acordas.

Em tuas mãos, eu adormeço.

Porque és assim, Poesia:

Amor inefável que constitui

Cada desejo de meu espírito,

Cada manhã

De cada sonho...

05/06/2014

Innocencio do Nascimento e Silva Neto
Enviado por Innocencio do Nascimento e Silva Neto em 05/06/2014
Código do texto: T4833915
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