Ao te perder fiquei sem abrigo.
Pelos caminhos sigo buscando encontrar o que 
restou de mim.
Sozinha percorro caminhos sem mapas.
procurando o que não sei.

Nenhum rosto me parece real.
Nenhum bem me parece igual.
Nenhuma nuvem me parece tão mal.
Nenhuma flor me parece sorrir.

Caminhei com as tuas pernas, nos meus passos.
Sonhei os teus sonhos nos meus sonhos.
A vida, por hora, está desbotada e silenciosa.
No coração as batidas descompassadas,
diminuem em cada passo, morrem devagar.

O que eu tinha de melhor, te foi entregue.
A distância do que passou me trouxe
para o meio deste lugar, onde paro
agora porque posso soltar meu grito de dor, sem ser vista ou ouvida.

Os corpos que passam por mim, parecem máquinas humanas.
Distantes de qualquer realidade passam sem se importarem com a minha
dor, sem ao menos notarem que eu existo.
Eu existo, ou eu existi? 
Não estou vazia. Estou cheia de nada. Estou cheia de tudo que 
não mais viverei e sinto falta.

Perdida vou, pois ouvi dizer que:  perder-se também é caminho

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Mari S Alexandre
Enviado por Mari S Alexandre em 06/06/2014
Reeditado em 26/11/2016
Código do texto: T4834564
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