Gaveta

Achei um papel na gaveta e ele me olhava; me olhava de lado, meio desconfiado, mais me olhava.

Naquele momento pude senti-lo.

Ele pulsava e me chamava...

Senti uma lagrima fria, que da face me escorria.

Minhas mãos tremiam e por uma inquietação do destino, eu o agarrei!

e por um momento como aqui agora, eu me arrependi de me calar e recomecei...

Tirei de mim o que precisava dizer, esse grito sufocado, estrangulado que me faz entender que escrever é vida e em silêncio não posso mais viver.

Luciene Nogueira
Enviado por Luciene Nogueira em 10/06/2014
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