Tempo Perdido

Como pode me cobrar verdades,

Se não ao menos é verdadeiro consigo mesmo?

Como pode me invadir a madrugada em busca de explicações?

É absurdo tal disparate!

Invade minha noite mal dormida, com chuva,

E se põe a me desafiar com o olhar...

Como se fosse se lembrar, depois!

Duvido que lembre ou questione.

Duvido até que me tenha passado em sua memória, em algum momento.

Dono de uma incógnita mental e fisionômica,

É capaz de deixar qualquer um à sua mercê.

Intensifica com o olhar.

Mas, desorienta com sua fala qualquer.

Diz ser dono da felicidade.

E denota ser pobre dela, em cada expressão facial.

E depois me vem com toda a destreza do mundo,

Cobrando minhas falsas verdades?!

Impossível não rir.

Impossível não questionar sua invasão.

Ser intruso em meio a algo que não mais lhe pertence!

É despautério entrar, encontrar...

Dizer que a saudade está presente!

Nunca demonstrara nenhum cisco de interesse!

Fui mais um nome, de mais um flerte qualquer seu...

Fui seu brinquedo da época.

Mas, o brinquedo se quebrou.

Ou criou vida própria, e saiu andando.

Saiba você que odeio ser questionada!

Como boa ariana, questiono eu!

As respostas têm de ser minhas!

E as meia-respostas também.

Para que eu as controle.

Ao meu modo, impulsivo ou retraído de ser.

Vem, invade minha friagem e ainda me questiona verdades?

Faz-me rir com sua atitude.

Acho um pouco tarde para tal.

O tempo passou e você perdeu baby!

Agora quanto às saudades...

Ah! Mande-me elas por correspondência.

Garanto-lhe guardá-las na caixinha de correio...

HELOISA ARMANNI
Enviado por HELOISA ARMANNI em 15/06/2014
Código do texto: T4845859
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