DE TANTO TER...


Chega-se a tentar entender os desamores
Em tempos incertos de tanto oferecer,
O que jamais ofertaram no leito residente
Ou não, pelo amor sem ganhos nenhum.

Nas estradas de barro ou asfaltadas, nas grandes capitais,
Segue sem comunicação da chegada pela indiferença.
Acontece desmoronada de tanto ter, sem nada ter concreto.
Noites vazias interferem no tudo ter gerando insatisfação.

Como se fosse Sidarta demonstra não conseguir paz.
Enquanto a esperança fortalece minimiza notícias.
Dúvidas sem respostas de tanto ter fica sem nada.
O amor fez voo como ave gigante no espaço aéreo.

Falta capacidade de amar no corpo seguro.
Volta-se a realidade doendo com toda razão.
De tanto ter, prejudica algo importante pelo excesso.
Mãos trêmulas pela falta, mas o excesso maltrata.
Provocando intermináveis casos, gelando, descolorindo.



 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 16/06/2014
Reeditado em 17/06/2014
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