Poeta brigão

Existe um poeta brigão

Com um guarda chuva

E bengala na mão

Ele trás uma maleta

Em seus braços

E um certo dia

Para interpretar

Usa nariz de palhaço.

Sua voz tem um

Tom muito alto

E ao declamar

Ele ergue seu corpo

Parece até

Que vai dar um salto

Numa reunião

Que ele foi outro dia

Falar, só a ele cabia

A todo instante alguém,

Ele interrompia.

E no auge da reunião

Interrompeu o discurso do dia

E bradou muito alto e em bom tom

"Quando um burro estiver a falar

Outro burro tem que a boca calar!"

Neste momento alguém argumentou

Então por que, sua boca não cala?

E Levantou o poeta de um salto

Ficou bravo com os seus amigos

Abandonou para trás todo mundo

Foi embora para casa calado.

Antes deu alguns coices ligeiros...

Para tudo quanto era lado!