Sob a luz da lua
Do nada,estas mãos escrevem
Explosão de palavras e metáforas
Rastos de luz no paraíso
Elefantes nos esgotos da cidade
A incompreensão humana assusta
Lágrimas escorrendo no rosto
Reflexo de mares distantes
Sou um espírito dentro de um corpo
Sem direção sem salvação
Não há futuro para ser
O pecado do amor roubou a chama dos deuses
Flecha perdida na floresta angustiante
No peito da velha preguiça
Sangue venoso nas folhas secas
A plumagem do desespero abrindo eternidades
O caos se levantando no horizonte
A via láctea fazendo compras no shopping
A carne à chamar por prazer
Rodas de alumínio girando nas estradas
O vento cantando versos de paixão
Debruçado no túmulo do esquecimento
Do nada,reinos de trevas desabam
Pedras atiradas de vulcões
Gorduras consumido corações
A cheia dos rios das montanhas
Begônias,orquídeas e violetas
Ocultadas pelo mato grande
A boca aberta para o vinho
Dezesseis vezes dentro
Dezesseis vezes fogo
Energia química nas cinzas do arquiteto
Sombras magrelas dançam nas paredes
Nos sussurros de demônios e anjos
Os joelhos de um homem fraco
A morte sem fim sorrindo