Sob a luz da lua

Do nada,estas mãos escrevem

Explosão de palavras e metáforas

Rastos de luz no paraíso

Elefantes nos esgotos da cidade

A incompreensão humana assusta

Lágrimas escorrendo no rosto

Reflexo de mares distantes

Sou um espírito dentro de um corpo

Sem direção sem salvação

Não há futuro para ser

O pecado do amor roubou a chama dos deuses

Flecha perdida na floresta angustiante

No peito da velha preguiça

Sangue venoso nas folhas secas

A plumagem do desespero abrindo eternidades

O caos se levantando no horizonte

A via láctea fazendo compras no shopping

A carne à chamar por prazer

Rodas de alumínio girando nas estradas

O vento cantando versos de paixão

Debruçado no túmulo do esquecimento

Do nada,reinos de trevas desabam

Pedras atiradas de vulcões

Gorduras consumido corações

A cheia dos rios das montanhas

Begônias,orquídeas e violetas

Ocultadas pelo mato grande

A boca aberta para o vinho

Dezesseis vezes dentro

Dezesseis vezes fogo

Energia química nas cinzas do arquiteto

Sombras magrelas dançam nas paredes

Nos sussurros de demônios e anjos

Os joelhos de um homem fraco

A morte sem fim sorrindo

carlos assis
Enviado por carlos assis em 19/06/2014
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