Bem sóbrio
Não escrevo de olhos fechados
Esqueço os sonhos
Pois tenho vontades insatisfeitas
Vontades inteiras
Vontades de homem
A poesia não sabe esperar
Nem no céu
Nem no inferno
Sempre lembro
Do que preciso esquecer
Não diga o que tenho de fazer
Isto o mundo ensinou
Diga apenas o que não posso fazer
O espírito descansa longe
Na beira de um copo