Mãe de todas as coisas

Quisera a Poesia

fosse mãe

de todas as coisas!

Com bondosas mãos

jamais deixaria

um filho

jogado no banco de uma praça.

Com doces palavras

jamais permitiria

que a tristeza

te pusesse uma mordaça

Com olhos de girassol

jamais conseguiria

deixar-te sozinho

em cruel escuridão

Com infinito toque

jamais pensaria

num filho

entre fogos de canhão

Ah... quisera a Poesia

fosse mãe

de todas as coisas!

Seria o universo

um poema lírico

com versos livres

entoando canções

de paz

entre os homens...

Seria o mundo

um camoniano soneto

com métricas rimas

enaltecendo o amor

de Deus

entre todas as criaturas

Quisera a Poesia

fosse mãe

de todas as coisas!

Seríamos ritmo

luz, cadência

alma humana

em profunda essência!

Luh Oliveira
Enviado por Luh Oliveira em 13/05/2007
Código do texto: T485232
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