PENA DE POETA

Prefiro escrever para não me sentir solitário.

A caneta é uma pena, obediente vassalo.

Escrevo para não me sentir só

Pensando que no peito há dó,

Dó sem estima que se espalha em pó.

Escrevo paisagens e tempo ruídos,

Súplicas e condenações de um amor proibido;

Detalho profundamente meu âmago

Da indiferença diante meus planos

Dos compassados versos que agora declamo

Meus dedos cerebrais espalham memórias

De tempos perdidos já em poucas horas,

Se choro o conflito da dor das feridas,

É a prima da escrita composta da vida,

Resultante das marcas, assim divididas

Componho metáforas, desaforos, paixões

Que se confundem entre estrelas, raios, trovões;

Amiúdes detalhados, conforme desejo,

Rimam sonoramente sobre o espaço que vejo,

E se a inspiração me falta?

Não me contento, pelejo.

Mestre Malakazhan
Enviado por Mestre Malakazhan em 21/06/2014
Reeditado em 25/06/2019
Código do texto: T4852840
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