Ode à poesia
Na inércia tu me surges
Em meus extremos tu me nasces
Em meio à inquietação tu urges
Na tua falta tu me trais
Na presença tu me traz
Na minha ferida tu me ardes
(tu me cura)
Acalanto-me em teu seio maternal
Mequetrefo-me em tuas entranhas
Acraseio-me em teu corpo e me livro de todo o mal
(do meu mal)
Padeço-me em tua dor,o pranto apaga as minhas chamas
Em ti VIVO
MORRO
RENASÇO…
Mequetrefer-se: intrometer-se,meter-se em teu meio
Acrasear-se: fundir-se em meus e seus “as” iguais
(Náthalie Nunes)