Saudades

Debruço meu coração

Na janela aberta

A paisagem me reconhece

Enquanto a reflito

Tento captar tuas vibrações

E sigo teu rastro

Minha alma desliza para vencer os espaços

Enroscar-se no teu coração

E deserdar o atrevimento

De desejar-te

Com a voracidade dos sentidos

Puro instinto existencial

Como sol e luz

Em meus porões

Que escondem tantas saudades

Da pele que já não toca

Do olhar onde já não se perde...