As estrelas

As estrelas.

Já não sei nada sobre as estrelas.

Também não sei por que estão sempre lá a sorrir.

Já não sei por que os olhos se perdem no infinito.

A lua sempre estará lá, as estrelas, os olhos perdidos não.

Já não sei sobre os rios que circundam a vida.

As folhas que passam, galopando com o vento.

Sobre estradas que marcam corpo sem levar a lugar algum.

Já não sei sobre as tempestades que assolam a alma.

Que de noite deixam os olhos rasos d’água.

Escuras avenidas.

Já não sei por que o mar se revolta na noite escura.

A lua sempre estará lá, os olhos perdidos não.

A arte a magia o encanto a poesia sempre estarão lá.

A brisa fria sobre a colina, a relva, o amanhecer.

Rosas ao luar.

Olhos perdidos, esquecidos não.

Apenas o coração em algum luar.

Uma viola uma canção um jeito de gritar.

Amantino Silva 11/06/2014