Às catarses de meus dedos

Ah! Quantos versos torturados!... (por aí)

...solidão sem solidez, amor em avidez,

paixão fútil de criança, hinos à desesperança...

(tudo fruto das andanças

do que a alma sente quando amansa.)

...

Seriam aqui torpes estes versos

se lhes expelisse minhas cláusulas.

Ora! Não! Hei de poupar-los!

Hei de flagrá-los sem tais lástimas!

Hei de exaltá-los sem penúltimas!

Hei de legá-los à Vida Única!

...

(pois das musas que aqui vibram

sinto claro o meu ofício:

encher versos de beleza

e aos corações prestar serviço!!)

Afinal!

que seja erguido esse estandarte!:

de uma maior função pra arte!

Que em sua estirpe surja o norte

e que a beleza... ali exorte!!

Rodolfo Deon DallAgno
Enviado por Rodolfo Deon DallAgno em 08/07/2014
Reeditado em 31/03/2015
Código do texto: T4873755
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