DESAFINANDO


Ouve-se música com vontade da ajuda sem desafinar.
Toca-se um violão totalmente afinado pelo prazer.
Certeza de doer todo o ser que não ama, mas satisfaz.
Na justa medida embala na rede amiga saciado no sexo.

Desafinando em outras horas nas relações como quer.
Mesmo junto ao corpo sensual provocante entre em
Desafinação, desafinando por completo ao lado de outrem.
Privilégio fica relativo por não mais saber amar, crueldade.
Volta-se ao Drummond quando escreveu: E agora José?

Não é fácil resolver o tal desafinando, pois é novidade.
Sem choro nem vela faz a diferença não se permitindo
Sofrer, pois liberdade é fundamental justamente agora.
Mostra-se totalmente compromissado sem chance nenhuma.

Dizem que os brutos também amam, se sente dúvidas.
Conclusão na história do nada existir pelo fato familiar.
Nessa desafinação se acha o máximo quando não é bem assim.
Sem destino com intenção maliciosa, jamais encontrará o par.

Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 13/07/2014
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