Arrependimento

Nunca, não deveria ter feito isso...

Rasguei e joguei fora velhos versos

Na verdade queria mesmo dar sumiço

Naquele sentir que se tornara perverso

Meus poemas mais que perfeitos...

A tradução maior do meu puro amor

Descartados desta forma sem direito

E condenados por acarretar rancor

Tudo em papéis picados se tornou...

Minha única forma de me despedir

Do meu sentimento que contrariou

Pois bem sei que não deveria existir

A solidão me fez companhia...

E os meus pensamentos também

Nenhuma poesia por perto havia

Pois já não amava mais ninguém

Fez-se silêncio em meu coração...

Nenhuma palavra agora rimava

Foi um tempo longo de reparação

De um sentir que se renovava

Precisei me resgatar, e reescrever

Sou muito grato a minha memória

Pois ela sim, me ajudou a perceber

Quão importante foi minha estória

Hoje então, eu assim tenho feito...

A cada verso que escrevo e crio

Renovo este meu velho direito

De acabar com este triste vazio

Marcelo Scot
Enviado por Marcelo Scot em 16/05/2007
Código do texto: T488703
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