Poesia para todos
Estes versos
vão para as ruas,
mercados,bares,
aglomerações.
Vão para a maria,o joão,
o pedreiro,a lavadeira,
para todos que estão na
praça pública
sem distinção de sexo,cor,
raça,religião.
Tomara que sejam andarilhos
e ultrapassem o Saara
ou aportem no Japão.
Não devem ser entendidos
através de cálculos cibernéticos
conceitos estruturalistas
discursos populistas
e toda a demagogia barata
de comício gritado
pelo impostor.
Estes versos
não contém
sujeito oculto
pronome apassivador
partícula de realce
e toda a conjuntura gramatical
de aluno aplicado.
As cores não pertencem ao Rei,
nem aos soldados do Rei.
Pertencem aos pintores populares!
A cidade é azul,
e cinza também.
Poesia rima com alegria,
quem dera transcendesse
a própria alegria!
e bombardeasse
milhões de explosões
líricas
antibélicas
continentais
intercontinentais
com carinho
e dedicação.
Estes versos
vão para os palhaços circenses
cantarem à multidão:
Blim-blom
blim-blão
dois girassóis
gigantescos
na janela
do avião