MISTÉRIOS DA NOITE
Brinco com vampiros,
com as sombras danço,
canto velhos hinos
de vida e de morte.
Rasgo meus lençóis,
abro as janelas,
mostro o meu rosto
para as multidões.
Grito meu acaso,
tiro os meus olhos:
na cegueira da hora,
encontro Deus.
Há muito silêncio,
há segundos mortos
e a sina dos vampiros
é viva nas sombras.
Derramo meu sangue
na cruz de uma cama
e o que em mim é chama
se torna simulacro
de uma fantasia insana.