Marujo Ninguém
O marujo segue solitário
Sua embarcação é a sorte
Em busca de terra
Fugindo da morte
A tempestade cruel
Faz tremer suas pernas
Vibra com elas seu barco a vela
Nada de chão
Nada de alguém
Nada no mar o marujo ninguém
Percebeu-se minúsculo
Sob a luz do luar
Sucumbiu como tantos
Findou a naufragar
Sem salvação
Nenhuma saída
Sempre esteve sozinho
O mar é a vida