O QUE NOS RESTA?

Põe-me cativo em colisão com teu céu

E como sob chuva, inteiro me molha

Põe-se a buscar o prazer mais intenso

Indo e vindo... Sorrindo me olha

Move-se sorrateira sobre meu corpo

E decidida a ser, vira minha amazona

Galopa viril com entorpecidos sentidos

Montada perfeita! É a paz que lhe doma

Abre teus braços ou dobra-os ao meio

Apoia-te em teu colo e vira teu rosto

Mordiscar-te-ei das costas às coxas

Beberei tu'água, por vício em teu gosto

Atiço teus sons em elevado volume

Não tenho ciúmes d'outros ouvidos

Nas tuas aréolas, murros linguais

Leve mordidas... Ah! Teus gemidos

Tomarei para mim, como rédeas, teu véu

Enquanto aventuro-me à tua fonte secreta

Entre o avanço e o recuo ao teu íntimo

Além do amor, amar é o que nos resta.

Porque cada instante, é mágica e singularmente especial.

Para você minha amada Lais.

POETA URBANO
Enviado por POETA URBANO em 24/07/2014
Código do texto: T4894734
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