“Verdes canaviais”
Amor a ti paisagem livre, larga, transparente,
Lançada ao aleatório com vasta fome de encanto.
Abraça o céu azul claro pleno de brancuras pequenas.
Enxergo em ti a satisfação da planície rústica, irreverente.
Lança aos olhos do visitante a força da solidão,
Onde tudo pode e nada reina,
Por ti deixei a vista turva e inerente da cidade estreita,
Jogada aos que passam sem ver e sem sentir a brisa calma,
Arrastando papel inútil
Não canso de te ver, de te tocar com meus sentimentos,
Levo em mim todos os dias a esperança de jamais deixar
A tua companhia bela, serena, que mesmo em tempos efervescentes,
Não me deixas falando sozinha...
Valente e soberana luta contra um esforço grande
Da civilização que alastra pedras, madeiras, cimentos,
Querendo invadir a eloquência de tua beleza
E de teu espaço largo.
Estou aqui sempre a te admirar...
(sobre a bela paisagem dos campos na cidade de Barbalha-CE)