E não há!
Já não há motivos, segredos incisos.
Não há momentos, penhores, estações
Já não nada que me diga onde chegar
Nada que me dê prazer
Que me dê vontade
Não haverá de me encontrar, em todas esquinas por onde passar
Já digo ADEUS
Já digo Não quero mais
E, no entanto, o coração teima e volto a lhe encontrar
Por medo, birra, inconfesso segredo
Então digo que o não não há
Que o mal é você quem faz.
Que o ontem já não é mais seu
Que tudo o que lê pode ser verdade
Ou mentira, quem sabe!
Tudo pode ser , e não há nada a provar !
Não há, nada há. Tudo haverá !
Ambos combinam, amanhã quem sabe
E então, aqui já me perco, me busco, encontro e fujo
E assim vivo, numa ânsia poética, só para lhe agradar !