Delírios oníricos

Busquei-te por dias...

Vaguei pela floresta sombria.

Perdi-me no tenebroso labirinto

Para entender que a tua falta é o que sinto.

Subi, degrau a degrau,

A escada da Torre da Desolação.

O destino era fatal,

Mas um louco me puxou pela mão.

Ele me disse coisas misteriosas,

Disse para eu ir além do precipício.

"As coisas que queremos estão a nossa volta,

Procure pelo Mago para entender o que digo".

Sem saber para onde ia, caminhei até uma capela

Senti paz e profundo alívio naquele lugar.

Foi quando ouvi alguém dizer: "É ela!"

Olhei, mas não havia outras pessoas lá.

Papa, Papisa...

A temperança do Eremita.

Vitrais coloridos eram a pista

Para uma alma fragmentada e perdida.

O louco volta em um carro,

Dizendo que a Roda da Fortuna vai girar.

Um homem padece enforcado...

Enquanto os enamorados estão a sonhar.

Sol, lua, estrela, mundo

Tudo gira num turbilhão...

O Diabo é um inimigo astuto.

A força para vencê-lo está no coração.

O louco retorna e diz zombou da morte,

Que mandou no imperador e que roubou um beijo da imperatriz.

Quis saber: "Diga-me, louco, o que me fará mais forte?"

Ele respondeu "É não sentir medo de ser feliz".

Então, uma forte tempestade surgiu

E me levou a um lugar com uma densa neblina.

Voltei ao lugar onde meu coração se partiu

E onde minha esperança virou ruína.

Então, o Mago apareceu de repente

E veio até mim com ar sorridente.

Em seguida, acordei impressionada

Com a descoberta de que tinha sido iniciada.

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP)
Enviado por Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP) em 29/07/2014
Código do texto: T4901973
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