Delírios oníricos
Busquei-te por dias...
Vaguei pela floresta sombria.
Perdi-me no tenebroso labirinto
Para entender que a tua falta é o que sinto.
Subi, degrau a degrau,
A escada da Torre da Desolação.
O destino era fatal,
Mas um louco me puxou pela mão.
Ele me disse coisas misteriosas,
Disse para eu ir além do precipício.
"As coisas que queremos estão a nossa volta,
Procure pelo Mago para entender o que digo".
Sem saber para onde ia, caminhei até uma capela
Senti paz e profundo alívio naquele lugar.
Foi quando ouvi alguém dizer: "É ela!"
Olhei, mas não havia outras pessoas lá.
Papa, Papisa...
A temperança do Eremita.
Vitrais coloridos eram a pista
Para uma alma fragmentada e perdida.
O louco volta em um carro,
Dizendo que a Roda da Fortuna vai girar.
Um homem padece enforcado...
Enquanto os enamorados estão a sonhar.
Sol, lua, estrela, mundo
Tudo gira num turbilhão...
O Diabo é um inimigo astuto.
A força para vencê-lo está no coração.
O louco retorna e diz zombou da morte,
Que mandou no imperador e que roubou um beijo da imperatriz.
Quis saber: "Diga-me, louco, o que me fará mais forte?"
Ele respondeu "É não sentir medo de ser feliz".
Então, uma forte tempestade surgiu
E me levou a um lugar com uma densa neblina.
Voltei ao lugar onde meu coração se partiu
E onde minha esperança virou ruína.
Então, o Mago apareceu de repente
E veio até mim com ar sorridente.
Em seguida, acordei impressionada
Com a descoberta de que tinha sido iniciada.