pileque camerístico

vem assim

quente

comovente

como

brasas de satã

triste e melancólica

tardia

honesta

e inocente

uma frequência depressiva

conspira

a meu favor

observei mendigos

com requintes

holywoodianos

enquanto

garênias douradas

ofuscavam nossos olhos

suprindo obscuras necessidades

em virtude de milagres

da dor e amor

pois somos

um pouco de nada

um pó de algo

acontecimentos arbitrários

aleatórios

como

brisa mansa

ondulando teu vestido

em manhã de outono

numa lestada

de chuva e frio

comunicando

algo indizível

aos anéis de saturno

eu sei

eu estava lá

cabelos desconexos

penteados ao vento

nadando rumo

as lavas de vulcão

escorrendo

de montanhas indexadas

a esconderijos de dragões

adormecidos

embriagados por espíritos

sedentos em fogo

um trago de amargura

voe longe!

carregue esta serpente

dentro de ti

proteja

sob tuas asas

minha amada

solidão

cristiano rufino
Enviado por cristiano rufino em 05/08/2014
Código do texto: T4911094
Classificação de conteúdo: seguro