Pela noite que me veste de lua
Banhando-me sereno perfumado
Entre fumaça de bocas solitárias
Tilintam taças vazias, amarguradas!
 
Boemia em madrugadas frias
Aqueço-me em lábios confuso
Sentindo o gosto de teu possível gosto
No palpar do corpo...
Ilusão!
 
Gemidos, odores... 
Que não são teus!
Me faz míngua, 
Em braços de Orfeu.

texto de 2008.