MORTE

A água, da Terra, despediu-se

E a terra seca, hoje, a recordar-se

Das frágeis poças pisadas a esmo,

Que lhe enfeitavam, outrora, as faces.

E a seiva dos ventos esvaiu-se

Levando consigo a fonte do sorriso,

Deixando, como herança, os dias frios

Cercados de paisagens cinza-opacas.

Cumpre-se a lei da natureza,

Mas, com sentença amara e angustiante:

O ocidente não aprendeu a ouvir-te

E quando chegas, não fazes barulho.