Descoberta!

Dos recônditos de minha mente

Emerge um sonho em tons de azul.

Que em seu degrade traduz

As nuanças de minha esperança.

Cor que parece fugaz, mas presente se faz,

Ressurgida da fé de ser sempre, perene, fênix...

Das mudanças de atitude,

De minha gana de viver a vida,

Em toda sua plenitude.

Meu coração abre a caixa de pandora

E apodera-se de mim a magia,

E abuso da fantasia...

Voando com as asas da emoção,

Vejo-me valente ao enfrentar as decepções.

Forte, determinada, desafiando, sendo desafiada...

Sem, porém perder a serenidade.

Aceitando as diferenças... Já vivo sem sua presença.

Feiticeira, solitária, faceira,

Sou guerreira que luta com suavidade

E transformo desertos em mares.

As mazelas já não me prendem em seus grilhões,

Sinto-me livre para ultrapassar as grandes ondas,

E alcançar as águas tranqüilas,

Que banham as praias em que repousa minha paz.

Minha alma entoa uma canção de esperança.

Do recôndito do meu desejar,

Mora um fogo morno que tende a aumentar

E meu corpo se excita, grita, agita.

Faço então do meu abraço consolo

E me presenteio com o carinho que me falta,

Aliciando assim meu desejo

Fecho os olhos e sinto o calor de um longo beijo...

Deixo-me embriagar pela sensação,

E aplaco a libido que me domina e fascina.

Dos recônditos de minha solidão

Chega-me a certeza límpida, clara como um cristal lapidado.

Que estar sozinha me faz interiorizar,

Enxergar-me por todos os lados

Sofrer, sorrir, chorar... Sem me abandonar,

E sem se perder de mim,

Harmonizar-me com minha razão...

Já nem tão só,

Estou acompanhada de mim...

Descobrir que posso ser meu acalanto,

Posso ouvir e apreciar o meu canto,

Posso eu mesma secar meu pranto.

Ouvir meus conflitos, meus gritos,

Socorro-me sorrindo de mim e para mim.

Enfim, encontrar felicidade,

Na minha solidão.

Observadora
Enviado por Observadora em 18/05/2007
Reeditado em 19/05/2007
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