O poeta

O vulto na vidraça

ainda enfeita a casa...

De fora, sem entender,

As palavras cercam a janela

e obedecem calmamente

a sombra que as guia

por detrás do vidro!

Figuras, paisagens

em pontos suspensos

nas linhas da poesia...

Flutuam entre o antes e o depois

num até breve mudo

pelo som do vento...

Mágico instante

em que posso varrer de mim

o sofrimento em forma de canção:

surda como o silêncio das letras nas palavras;

leve como a fina mão à brisa leve

das tardes de primavera.

Sol Galeano
Enviado por Sol Galeano em 17/08/2014
Código do texto: T4926193
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.