Zodíaco

A dualidade monta o cavalo

o vento aviva o fogo

o bem e o mal cavalgam o desejo.



Foi o fogo quem forjou tuas armas

elas podem retalhar o ar,

trespassar meu coração.



Tuas ancas majestosas liquefazem-me.

Esvaneço com teu olhar altivo,

eu

fluido, gelatinoso.



O meu peso inexiste,

podes moldar-me e jamais me prender.

Perderia-me se tentasses agrilhoar-me.



Mira tuas setas para lá

elas me atravessariam limpas,

ilesas.

Mesmo assim, jamais tornaria eu

a ser o mesmo,

estaria dissolvido no vento

eterno.
Luiz Eduardo Ferreira
Enviado por Luiz Eduardo Ferreira em 17/08/2014
Reeditado em 15/08/2015
Código do texto: T4926712
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