Madrugada!

Meu corpo agitado, quente...

Corpo inflamado, sangue ardendo pela saudade.

De um beijo molhado e profundo,

Que me inebria como um licor.

E me faz perder o rumo, a decência o prumo.

Seu corpo me deixa inconstante e perdida,

Sem realidade nem vida... Só no sexo acho a saída.

Palavras de mulher bandida?

Não de amante esquecida,

Na madrugada incendiada,

Cheia de vontade de tua boca,

De tua língua louca, contornando meus lábios,

Silenciando meu protesto,

Dizendo-me que eu não presto.

Meu corpo agitado, quente...

Ferve ao lembrar da gente

Da entrega, da mão tola,

A deslizar pelos seios,

E repousar no meu ventre,

Que te anseia, e te acolhe,

E o desejo me consome.

Minha pele nua colada na tua...

E as estrelas alcançadas,

Depois de nossa cavalgada...

Fantasia de meu coração,

Que aplaco de mansinho,

Fazendo amor comigo,

Querendo estar contigo.

Observadora
Enviado por Observadora em 19/05/2007
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