SILÊNCIO DE ÁGUA E FLOR

Havia cumplicidade na flor e na água

A flor divagava em seu pranto de dor

A água sorria à vida, mesmo triste

Pariam versos coloridos, gestados

No ventre doce da poesia que delas emanava

A estiagem chegou ao templo, calou a voz

A flor despetalou-se...naufragou no tempo...

A água seguiu viagem num além distante

A poesia clama a cada instante

Buscando as antigas inspirações

O tempo urge, mas é efêmero

O certo é um duvidoso adeus

Sem palavras ditas,

Marcado apenas no silêncio de água e flor

Havia um tempo no qual florescia o amor