Vem buscar meus sonhos...

E quando abrirem-se os portões fechados,

e por ali sumirem todas as minhas flores,

vem buscar meus sonhos que são as tuas cores

por meus caminhos de carinhos descruzados.

Ultrapassa os marcos dos portões dos tempos

e ouvirás o silêncio solitário desses ventos

na solidão de meus jardins tão desolados.

A um canto, num banco rústico e vazio,

caídos meus abraços no gemer de frios,

qualquer tarde perdida, tão sem luz,

os meus céus sem horizontes e sem azuis.

Aquém do espaço, em fantasias, soluçando,

um minuano ventando, soprando, me levando.

Ida Satte Alam Senna
Enviado por Ida Satte Alam Senna em 20/05/2007
Código do texto: T493684