És Afrodite


Ao ver-te imergir em ondas, como agora,
Radiante em todo o esplendor de tua nudez,
O sol se pondo ao longe, refletido em tua tez,
Também chora, ao sentir que tem que ir embora.

E lança plangente o último raio que realça
Os diversos matizes que refletem em teus seios,
Amorenados por tê-los beijado antes sem receios,
Contrastante à alvura de teu ventre que exalça.

As águas tépidas envolvem teu corpo e remontam
Embates épicos, gregos, quiçá vividos no mar Egeu,
A divagar por teu corpo impávido que é todo e só meu,
A refletir o brilho das estrelas que ora despontam.

Em êxtase, como se uma deusa, a teus pés me prostro,
Enlaço-te em meus braços e como se a Afrodite venero,
Recolho-te das ondas e a cavalgar em tropel etéreo,
nos confiamos ao amor, neste instante que é só nosso.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 28/08/2014
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