Um Devaneio de Importância que Quase me Esqueci

Havia na beira do caminho uma flor rosa,

não daquele rosa clarinho das rosas de jardim

e, nem daquele rosa escurecido sinistro

da rosa da campa em um túmulo de soldado;

soldado de guerra enfurecido, entorpecido...

Do ópio fácil do Afeganistão;

soldado que mais um, morreu em vão

como aquele esquecido no Vietnã...

E quem sabe Eu seja um soldado do amanhã,

defendendo ideais fúteis de guerras

sendo quê, deveríamos como hóspedes

protegermos e amarmos a nossa Terra;

mas, sou quem sabe um louco utópico

que vendeu o relógio da vida na partida

que causou na história uma ferida

daquelas como a lepra ou um tiro de canhão.

Sou quem sabe ou já fui a peste negra

como as bombas que mantém a realeza

dos governos em acordos de peleja

de um povo que já tá fatigado de sofrer e não morrer.

Mas sei que sou parte de tudo mesmo não querendo

e o veneno da ganância fabricado no sereno

de noites torpes esquecidas dentro da ferida do tempo

cicatriza e ameniza as lembranças de outros tempos.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 29/08/2014
Código do texto: T4941774
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