Ato profano

Acendes fogo, chamas, as damas levas às loucuras !

Esqueces que já amas ? Em seu leito há doces ternuras !

Xeque mate na dura : Amante ! Nunca nada será como antes!

Nunca é demais pro agora; já é sem tempo, sem horas !

Desça do salto libertino, usurpador, cruel, traquino.

Por demais caros os amores passageiros, malvistos, ladinos.

Reverta ao amor primário, revogue os falsos libertários.

O original enredo é puro, enobrece, é forte, maduro.

Vestes egos de intensos brilhos. À mercê de levianos sonhos

Puras mentes em falsas trilhas perambulam, clandestina ilusão.

Rastilhos de pólvora, combustão em polvorosa, desumano.

Cupido flechando vãos...tiros sem alvo certo,

Por certo desiludirá um frágil coração iludido.

Porventura há um sentido real, no ato profano ?

eula vitória 30/08/14

Eula Vitória
Enviado por Eula Vitória em 30/08/2014
Reeditado em 30/08/2014
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