A FRESTA DA TUA JANELA.

Nesta alvura que perfaz a rosa branca,

Vejo a ti como estivesse embalsamada,

No entanto teus suspiros me alentam,

Sigo teus passos desenhados na calçada,

Para onde vais não interessa ser ditosa,

Porque padeces da apatia das donzelas,

O teu viço não se expande tal uma rosa,

Teu batom sonega as cores da aquarela

Quero saber-te já liberta desta travanca,

Quando puderes abrir a fresta da tua janela.

Verei os teus olhos, e neles o intenso brilho,

Que nos coloca a dormitarmos na mesma esfera,

Então direi ao universo que nos circunda,

Que nós dois juntos completamos nossa aquarela.