AMANHECI EM TI PELO COSTUME.

Amanheci em ti pelo costume, mas minha cama não detinha o teu corpo, e eu se quer sei o motivo desta evasão, mas o coração é quem escolhe o seu melhor porto, se encontrastes local propício para ancorá-lo, te mando flores agradecendo-te pelo conforto, que me causastes em tantos anos ao meu lado, no entanto agora sou um pinto perdido fora do ovo.

Nas esperanças que povoam o meu jardim, sinto o perfume do teu ser vindo na brisa, e muitas vezes meus desejos preconizam, que bom seria ter-te aqui em carne e osso, mas compreendo que por certos alvoroços, as nossas vida já se apartaram de vez por todas, nossos desejos não brotam da mesma fôrma, e as contendas suplantam qualquer harmonia, então eu peço por favor que a ventania, hora me arrede qualquer perfume que tu exale, e pra amenizar o meu padecer também me calo, e faço de conta que para mim nunca exististes, e assim amenizo estes insólitos momentos tristes.

A inanição nos abate, o viço nos abre caminhos, não ah honra no celibato, nem dar-se ao outro é um descaminho, quem manda em tudo é o caráter.

A vida é a nascentes das nossas esperanças, e o sepulcro dos infames desenganos,

LUSO POEMAS 05/09/14