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Toada*
 
Minhas vozes ecoam
Nas linhas, nas cordas
No céu da boca
Travestidas de versos
Lima-se a face
Mas os sons permanecem
Sussurrados de mim
Para mim
No silêncio do meu ouvido
Por vezes
Entalados na garganta
Pedem passagem
Da alma para o olhar
E se me escuto, obedeço-me.
 
Quando não há vozes
Nem sonhos
Ainda assim teço um ninho
De mim, em mim.
E quando a boca cerra
O corpo fala...
Numa poesia
Numa toada.
 
Karinna*
Karinna
Enviado por Karinna em 06/09/2014
Reeditado em 06/09/2014
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