In memoriam

Morte estúpida!
Velha inválida,
Como ousa roubar o meu sorriso?
Vá de retro!
Você e sua laia.
Quem guarda a memória da sua voz?
Onde está a sua habitação?
Não há quem conte a sua descendência,
Pois teu consorte é o esquecimento.
Peste insindiosa!
Saiba, tudo agora é morte:
Abraços de morte;
Flores mortas;
Abraços mortificados;
Palavras mortas;
Futuro natimorto.
(Por que houvemos de abrir a caixa?)
Ajunta todos os teus apaniguados,
E espera.
Porque, ainda haveremos de acerta as contas.
Luiz Eduardo Ferreira
Enviado por Luiz Eduardo Ferreira em 07/09/2014
Reeditado em 21/05/2017
Código do texto: T4952343
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