O PRIMEIRO MESTRE-SALA

Era outro o visitante que esperavas, mas hoje vento resolveu tanger pra mar adentro, e o navegante que a muito contigo sonhava, não viu da areia se quer o seu semblante, mais o teu ventre tem queixas de um vazio, e o teu cio esta no pico mais premente, senti o cheiro dos hormônios que hora exalas, e curioso me arrisquei a investigar-te, e fui acolhido como o primeiro mestre-sala, o teu sorriso me recebeu a meia légua, teus dentes alvos reluziam em satisfação, e este cenário provocou o meu tesão, chegando aqui tu se portou como surpresa, me indagou se tinha motivos para um pernoite, e respondi com toda minha delicadeza, que recusar-te seria pior do que um acoite, passou um aroma de alfazema com arnica, vindo do leito onde costumeiramente ficas,os meus sentidos se embaralharam eu suei frio, pedi licença e rumei ao leito do amor, e sem demoras tu se deitaste e me abraçou, dai pra frente rolou as nossas intimidades, que o leitor faça o juízo que quiser, quatro paredes contendo um homem e uma mulher.

LUSO POEMAS 07/09/14